Se você disfarça, finge que não vê
E os olhos só tocando tímidos os daqui
Se ainda apronta e suspira longe o apreço
E o sorriso apronta e diz que não queria rir
Se você arruma e leve destrói as defesas alheias
E ali sozinha já tem um arsenal de dores
Se provoca medo, saudade, hipnotismo mudo
E isso também se vê em seu olhar pra cá
Quando o passo aumenta, o som, a canção de permitir
Quando primeiras palavras voam com estrondo ao sair
Aí nem fogo, nem faca, nem fachada, nem euforia
Nada separa os dois daquela música de alegoria
Nem esconde, nem nega, mesmo que não queira ver que passa
É Som de Dois, Começo de uma Longa marcha
De um olhar só, já se podia ver
É romance antes mesmo de se conhecer.
2 comentários:
Utópico, mas bonito.
Como diz Aline: "Tah apaixocado???"
Gostei muito.
Ah! Não acho que seja utópico. Só difícil pra alguns.
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